Bem vindo ao Blog da Gerência do Programa de Saúde do Idoso da SMSDC RJ!

Este espaço foi criado para todos aqueles que estão envolvidos com a proposta de um envelhecimento ativo, saudável, seja pelo trabalho que desenvolvem, ou aqueles já vivenciam o envelhecimento, ou ainda os que se interessam pelo tema.

Nos últimos anos, com o avanço da ciência e da medicina, esta etapa da vida começa a ser vivida com mais qualidade. Além disso, alguns mitos referentes ao envelhecimento vem sendo quebrados. Já que a tecnologia hoje é uma ferramenta fundamental para divulgação da informação, este espaço visa um estreitamento entre a população idosa e não idosa, como também se direciona para capacitação de profissionais.

Portanto, fique a vontade... entre, comente, tire dúvidas e proponha assuntos!

Unidade Amiga do Envelhecimento Ativo

O crescimento da população idosa no Brasil está ocorrendo de forma acelerada, mudando o perfil populacional. A Organização Mundial de Saúde considera uma população envelhecida quando a proporção de pessoas com 60 anos ou mais atinge 7%. De acordo com o Censo Populacional de 2010, dos 190 milhões de brasileiros, 20,5 milhões de indivíduos tinham 60 anos ou mais, representando 10,8% da população total. As projeções demográficas demonstram que para o ano de 2025, teremos uma população idosa de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, representando quase 15% da população total brasileira, o que nos colocará como a sexta população de idosos do mundo (IBGE, 2002). Esse crescimento da população idosa brasileira pode representar um grave problema para a sociedade se os anos de vida adicionais não forem vividos em condições de saúde adequada.
 Na Cidade do Rio de Janeiro essa transformação se deu de forma ainda mais intensa. De acordo com o Censo Demográfico de 2010 a proporção de idosos é de 14,78%, variando entre as Áreas de Planejamento de tal forma que na AP 2.1 chega a 23,1% e na AP 5.3 é de 10,3%.
Muitos destes idosos se manterão independentes, ou seja, apesar de terem suas doenças crônicas, estas estarão controladas e não interferirão em sua autonomia. Essa parcela da população idosa independente dá certo alívio para a rede municipal de saúde, mas com o avançar da idade ou o não acompanhamento adequado de saúde, essa situação pode mudar, resultando num aumento de demanda para a saúde, em todas as modalidades de assistência.

            A Gerência do Programa de Saúde do Idoso, no que diz respeito à Atenção Primária, tem preconizado seis eixos principais:
  1. Acolhimento
  2. Estratificação de Risco (idoso não frágil e idoso frágil)
  3. Avaliação Multidimensional do Idoso (página 48 do Caderno de Atenção Básica n.º 19)
  4. Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa
  5. Atenção Domiciliar ao Idoso
  6. Violência contra a pessoa idosa
Na estratificação de risco foi considerado como idoso frágil:
1- Idoso com ≥ 80 anos
2- Idoso    com      ≥ 60  anos  apresentando: Polipatologias (≥ 5 diagnósticos); Polifarmácia (≥ 5 drogas/dia); Imobilidade parcial ou total; Incontinência urinária ou fecal; Instabilidade postural (quedas de repetição); Incapacidade cognitiva (declínio cognitivo, síndrome demencial, depressão, delirium); Idosos com história de internações frequentes e/ou pós alta hospitalar; Idosos dependentes nas atividades básicas de vida diária básica; Idosos em situação de vulnerabilidade social, tanto nas famílias, como institucionalizados (MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Saúde. Atenção a saúde do idoso. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006).
Para se planejar as ações de Saúde do Idoso na Atenção Primária, principalmente no que diz respeito à Estratégia de Saúde da Família, sugere-se o acompanhamento dos idosos, considerando-se:
      Identificar todos os idosos do território (meta – 100%)
       Acolhimento e estratificação de risco de todos os idosos identificados (meta – 100%)
      Agendar e realizar consulta de enfermagem e médica para os idosos não frágeis (meta 100% – 1 consulta de cada profissional/ano)
      Agendar e realizar consulta médica e de enfermagem para os idosos frágeis (meta – 3 consultas de cada profissional/ano)
      Consulta domiciliar médica e de enfermagem para todos os idosos impossibilitados de comparecer à unidade (meta – 6 consultas de cada profissional/ano e 1 visita mensal do ACS)
      Elaborar o plano de cuidados dos idosos a partir da ficha de “ATENDIMENTO À PESSOA IDOSA” (MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Saúde. Atenção a saúde do idoso. Belo Horizonte: SAS/MG, 2006).  
Para iniciar o processo de certificação como Unidade Amiga do Envelhecimento Ativo é necessário responder ao questionário da primeira fase, acessível neste link: https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dE56ZmRPbktUV3cwZS1qbnJrXzVYVUE6MQ.
Para esta certificação será avaliado o seguinte indicador:
Proporção de idosos vacinados com a vacina DT adulto no ano, tendo como fórmula de cálculo:
Nº de idosos que foram vacinados com a DT adulto no ano X 100
                                    Nº de idosos do território
A escolha deste indicador se justifica por: estar a vacina DT adulto disponível em todas as unidades de saúde da Atenção Primária;  permitir o registro na Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa; e indicar que há o acompanhamento do idoso pela unidade, o que poderá ser reforçado com o número de doses aplicadas.
            Para a conclusão do processo de certificação será realizada uma visita técnica que verificará in loco prontuários e Cadernetas de Saúde da Pessoa Idosa por amostragem.

Informações úteis:

  1. Cadernos de Atenção Básica N.º 19 - Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa -  http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad19.pdf
  2. Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa  - http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_pessoa_idosa.pdf                                Manual de Preenchimento - http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_idosa_manual_preenchimento.pdf
  3. Avaliação Multidimensional Rápida da Pessoa Idosa - página 48 do  Cadernos de Atenção Básica N.º 19 - Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa

Gerência de Programas de Saúde do Idoso
Equipe: Germana Périssé; Margareth Sgambato Ferreira; Izabel Cristina Ferraz dos Reis, Ana Lúcia Reis de Mello e Camila Almeida Caetano
Tel: (21) 3971-1960 
E-mail: gpi.smsdc@gmail.com